Volta e meia estão criando ou buscando alguma nomenclatura nova para dar significado, talvez melhor ou mais abrangente, a uma palavra velha em ambos sentidos.
Hoje se referir a um indivíduo com 65+, tem lá suas vantagens, possivelmente próximo ou já na aposentadoria, entrada prioritária em voos, acesso a caixas especiais em estabelecimentos comerciais, gratuidade em transporte público, cadeira preferencial em conduções urbanas (o que muitas vezes não é respeitado), descontos em teatros, espetáculos e cinemas, vagas em estacionamentos, isenção parcial do imposto de renda, prioridade em programas habitacionais, isenção do IPTU (dependendo da cidade onde vive) e medicações gratuitas.
No entanto, ao olharmos outro viés, idosos não têm grandes ou nenhuma oportunidade no mercado de trabalho, mesmo carregando uma bela bagagem de conhecimento, experiência e engajamento. São apartados de convívio social com os mais jovens, vindo muitas vezes, da própria família. Afora palavreados ultrajantes e abusivos quando se refere ao idoso, ainda existe um preconceito errôneo em relação a sua real capacidade cognitiva de aprendizado, vale lembrar o caso que aconteceu na universidade de Bauru/SP com uma caloura de Biomedicina com 40+.
A minha história foi diferente, nunca tive esse tipo de experiência discriminatória, graças a Deus!
Conclui a graduação com 48+, duas pós-graduações quase beirando seis décadas e obtive meu MBA com 60+. Era o que a vida me apresentava num período mais tardio, possibilidades e oportunidades de agregar conhecimento, técnicas, expertise pessoal e uma compreensão exponencial sobre o ser humano e sua complexidade.
Etarismo me define? Jamais!