Você, caro leitor, assim como eu, já deve ter cometido enganos em juízo de valor na sua vida e, talvez, um tanto precipitadamente. No entanto, após examinar, investigar e olhar atentamente percebeu o seu erro ao julgar uma situação a respeito de alguém.
Outro cenário muito comum é nós, seres humanos julgadores, avaliarmos uma pessoa por sua aparência ou seu comportamento quando nem mesmo tivemos a chance de conhecer verdadeiramente a criatura em questão.
Para iluminar esse cenário, trago a história e declaração de uma cliente e amiga, que me permitiu escrever sobre o episódio desde que mantivesse seu nome em anonimato.
O caso é o seguinte: Ana (nome fictício) ficou muito desconfiada, com razão, quando o marido chegou bebaço em casa numa madruga há um tempo atrás e, indo além, descobriu provas de infidelidade dentro do carro dele, tais como fios de cabelos, o banco sujo de batom e algo parecido com sêmen.
Ana chorou, ressentida e aflita, questionou incisivamente o sujeito, ao ponto de quase colocar uma faca no seu pescoço, no entanto, o marido se desculpou alegando que havia emprestado o automóvel para um amigo.
Creio que você, bem como eu, deve pensar que o fulano deveria estar pirado para fornecer uma desculpa tão esfarrapada. A questão é: você acreditaria? Eu também não!
No entanto, um tempo após esse fato discordante, a verdade veio à tona e realmente o sujeito estava falando a verdade; foi um amigo, também casado, quem criou todo esse desentendimento prejudicial entre Ana e o marido.
Contudo, eis algo a ser aprendido: primeiro, sob um raciocínio lógico, o marido da Ana deveria ser muito obtuso para soltar tantas provas de culpabilidade no local do crime, ou seja, não fazia sentido que ele estivesse mentindo.
E o aprendizado mais contundente é de que nada é como parece ser, assim como nem tudo que reluz é ouro.