As mil e uma ocupações que uma mãe assume durante a sua existência merece reconhecimento e aplausos, você não acha? Pense comigo, sem querer santificar as mães, o encargo emocional do “ser mãe” vai muito além, afinal ela nunca acaba o mandato.
O filho vira adulto, procria outros seres e, esses viventes, com suas vidas próprias também geram filhos e, ainda assim, aos olhos de uma mãe, esse filho - já avô - continua sob um olhar de amor e cuidado.
Na minha função de mãe já passei por vários papéis, aliás como a maioria das genitoras, creio eu. Lembranças longínquas guardadas na minha memória afetiva e onde traz imensa saudades e o pensamento de que poderia ter feito muito mais; o velho sentimento de culpabilidade que acompanha o mulherio materno.
Se me fosse dada a possibilidade de retornar o tempo, em algumas situações eu teria feito diferente e nesta pauta, a priori, eu teria manifestado verbalmente o meu amor incondicional por eles todos os dias e dedicado mais tempo para brincadeiras de crianças.
Entendia que a minha maior incumbência era prover todas as necessidades dos meus filhos e, muitas vezes cansada, deixava a desejar essa existência melosa e afetiva do “ser mãe”.
Lembro de tarefas diárias serem acumulativas e a posição de motorista me ocupava full time, tanto que meu relógio estava sempre em prontidão de alerta.
Hoje, quando vejo as mães, exaustas, ensandecidas para dar conta de multitarefas como profissionais competentes, mães amorosas e dedicadas, gestoras de lares, motoristas, educadoras e professoras, esposas diligentes, ativas na comunidade, antenadas, conectadas ao mundo real e virtual etecetera e tal, cai a ficha!
A vida da mãe contemporânea é praticamente impossível resumir numa simples sinopse, vai muito além de uma resenha e acontece rápido demais, quando vemos o tempo passou. Passou não, voou! OH, que saudades do tempo em que era apenas uma mãe motorista full time!
